Algures na Encruzilhada, a promessa da Erupção
a sinfonia da tempestade e mais perto da Redenção.
O maestro rasga as pautas
e rodopia
mergulhando no submundo
Perséfone está reflectida na menina dos seus olhos
mas Hades cria o turbilhão que alimenta a sua dança
catedral de purificação
inspirando fogo, expirando água
torna-se LAVA
Aquele arrepio
Explosão plutónica delicada porque em câmara-lenta
mais intensa
mas nunca estridente
Em câmara lenta
cabelos flutuantes
braços grandes como mantos
mantos de tempestade
varrendo
varrendo
abrindo
Novos caminhos
em cada passo o ritmo dos ciclos da mudança
em cada gesto a cadência da progressão
das cores de um pôr-do-sol
douradas texturas
de um nascimento sagrado
quando a beleza transcende a própria beleza
meu olhar fugidio
teme hipnotizado ficar
num infrutífero mitificar
da essência que se expressa
como abertura de orquestra
já és a canção que o silênciom
e começa a sussurar
já és a poesia que me teima em queimar
um acorde subtil e místico
ao ritmo de um leque de cabelos
leque que é pincel
que pinta o céu com texturas de sonhos
os tempos são intensos
a urgência da mudança exige que nos rendamos às ondas (gigantescas)
numa embarcação vulnerável
nos lançamos para um caminho enevoado
oráculos na espuma das ondas :
serpentes se transformam em cisnes
à medida que o Espírito esperneia e se contorce
dentro do casulo
ansiando pela Luz
como uma rosa sedenta de chuva
a ampulheta tombada
que regresse a visão
que nos conduz Às câmaras de cristal
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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